(24/05/2025) Listagem com os locais e horários de apresentação dos trabalhos. Confira aqui.
(19/05/2025) Template do PÔSTER em tamanho original. Confira aqui.
(19/05/2025) Teremino do processo de avaliação de trabalhos. Confira o resultado na plataforma.
(30/04/2025) Data limite de submissão prorrogada para o dia 15 de maio. Aproveite!
(28/04/2025) Opções de restaurantes em Campos dos Goytacazes. Confira aqui.
(28/04/2025) Opções de hospedagem em Campos dos Goytacazes. Confira aqui.
(29/01/2025) Divulgação da primeira versão da programação do evento.
(29/01/2025) Divulgação das datas limites para envio de trabalhos.
(29/01/2025) Abertura das inscrições e disponibilização da plataforma para a submissão de trabalhos.
(29/01/2025) Inicio dos trabalhos de divulgação do I ERAGE.
"Por uma Geografia Antirracista e seus Desafios"
A primeira edição do ERAGE representa os envidados esforços para se reunir: universidade, educação básica e sociedade civil, para trazer para o centro do debate o racismo estrutural desfavorável aos povos indígenas e afro-brasileiros, que tem se perpetuado desde o Brasil Colônia, por meio de dispositivos sociais na ciência e na educação com desumanização e invisibilidade de corpos indígenas e negros. De base escravocrata, a educação jesuíta no Brasil foi fio condutor na produção desigual socioespacial, que contribuiu na reprodução de códigos culturais para a manutenção do privilégio da branquitude em detrimento ao reconhecimento humano a indígenas e negros durante a Colônia brasileira, e permaneceu durante o Brasil Império e está ainda hoje em vigor no Brasil republicano mesmo depois da Constituição Cidadã de 1988. É estrutural a desigualdade entre brancos, indígenas e negros.
Após pelo menos cinco séculos da máquina colonial de desumanização de corpos indígenas e negros, a Universidade Federal Fluminense, campus Campos dos Goytacazes, cidade cuja presença indígena está apenas no topônimo, pela primeira vez o Programa de Pós-Graduação em Geografia juntamente com a graduação licenciatura e bacharel em Geografia assumem o desafio para promover o primeiro encontro para debater o racismo estrutural e pensar estratégias antirracistas através da educação juntamente com a sociedade civil. O evento acolhe também quatro eventos do departamento de Geografia: 1. V Seminário de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Geografia; 2. IX Semana de Geografia; 3. I Encontro de Práticas Pedagógicas de Educação Básica Antirracista na Perspectiva da Lei 10639/03 das Regiões do Norte e Noroeste Fluminense e da Zona da Mata Mineira; e, 4. I Seminário de Educação Multicultural: Por uma Geografia Antirracista e seus Desafios.
O ERAGE nasceu do desejo do inconsciente de professores e alunos, pretos, pardos e brancos, de quatro instituições de ensino superior e periféricas, imbuídos para a transformação do tempo-espaço para construir uma sociedade antirracista em que busca a igualdade social. Para promover esse encontro a escala regional foi o dispositivo estratégico determinante para se criar a integração regional da periferia, baixadas e interior do Estado do Rio de Janeiro com a Zona da Mata Mineira interior do Estado de Minas Gerais. Nesse pleito regional foram reunidas as instituições de ensino superior e respectivos cursos: curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, UERJ-Caxias; curso de pedagogia do Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert – ISEPAM e Programa de Pós-Graduação em Geografia, mais a graduação de Licenciatura e Bacharel em Geografia, da UFF, ambas as instituições em Campos dos Goytacazes; e na divisa do Estado do Rio com Minas Gerais, na Zona da Mata Mineira, curso de graduação em Geografia em Carangola – UEMG.
Como Angela Davis afirma: “Numa sociedade racista, não basta não ser racista”. “É necessário ser antirracista”. É neste sentido de inconformidade com o racismo, que durante quatro dias, na cidade de Campos dos Goytacazes, no interior do Estado do Rio de Janeiro, será realizado o primeiro ERAGE que tem como propósito, promover o debate racial sobre o recorte da Geografia e da Educação e áreas afins, para pensar e propor mudanças estruturais que levem à igualdade de oportunidade para indígenas e negros, e que, pelas vias institucionais do Estado de Direito e democrático, se possa construir uma sociedade com justiça distributiva e equidade. Assim, o evento está estruturado para:
Fique atento às datas importantes, em especial a data limite de submissão de trabalhos.
Data limite para submissão de trabalhos.
Divulgação dos trabalhos aceitos pelo comitê científico.
Esta edição do evento conta com três grupos temáticos, subdivididos em subtemas norteadores, aos quais os interessados poderão submeter trabalhos conforme suas áreas de interesse.
Este Grupo de Trabalho propõe tratar os desafios para a implementação da educação antirracista nos currículos dos cursos de licenciaturas Pedagogia, Geografia, História, Ciência Sociais e áreas afins. Serão aceitas propostas que busquem refletir discursos e práticas antirracistas vivenciadas por professores e alunos da Educação Infantil, sobre os trabalhos que abranjam o campo da educação das relações étnico-raciais, relativos aos temas: vivência escolar, ludicidade no processo educativo, infâncias, identidade, ancestralidade, diversidade, memórias afetivas, "escrevivências", multiculturalismo, decolonial, práticas de artes antirracistas na educação infantil, práticas e experiência com literatura infanto-juvenil afro-brasileira e indígena na educação básica.
Serão acolhidos também pesquisas e relatos de práticas pedagógicas sobre a inserção da Educação das Relações Étnico-raciais (ERER) e História e Cultura Afro-brasileira, Africana (10.639/03) e História e Cultura Indígena (Lei 11.645/08) nos cursos de Pedagogia, Geografia, História, Ciência Sociais e áreas afins sobre os seguintes temas: políticas educacionais, currículos, pesquisas e práticas no Estágio Supervisionado e no PIBID e Residência Pedagógica.
Este Grupo de Trabalho tem como objetivos integrar e debater pesquisas sobre os conhecimentos fundamentais relativos à área de ensino de Geografia; à formação do professor de Geografia; às políticas curriculares da Geografia (Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos) e ao desenvolvimento profissional do docente na área sob uma perspectiva emancipatória, inclusiva e antirracista; incluindo:
Este Grupo de Trabalho busca reunir pesquisas que investiguem as desigualdades socioespaciais a partir de um recorte racial, com especial atenção às questões ambientais e ao papel das geotecnologias e pesquisas aplicadas no enfrentamento desses desafios. Acolherá trabalhos que discutam os impactos da crise climática sobre populações periféricas, quilombolas, indígenas e ribeirinhas, bem como as dinâmicas de exclusão territorial no campo e na cidade. Serão especialmente bem-vindas abordagens técnicas e interdisciplinares sobre temas como: mobilidade urbana, moradia, favelização, neoliberalismo e racismo, movimento negro, racismo fundiário, violência e conflitos socioambientais. Nesse contexto, as geotecnologias são ferramentas estratégicas para análise territorial, monitoramento de áreas de risco e formulação de políticas públicas mais inclusivas e sustentáveis.
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Em 2024, celebramos os 10 anos do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFF Campos, um marco relevante que reflete a consolidação do programa e suas contribuições para a pesquisa e a formação acadêmica em Geografia. Nesse sentido, a Sessão Especial vai contar uma década de registro das trajetórias docentes do PPG. A sessão é um espaço para a publicação de relatos individuais, relacionados às linhas e temáticas de pesquisa em que atuam, orientações, projetos desenvolvidos, colaborações institucionais, parcerias com outras universidades e grupos de pesquisa, participação em conselhos e comitês, projeções nacionais e internacionais dos seus trabalhos e perspectivas para o futuro do PPG. |
PALESTRAS
Com o objetivo de enriquecer e orientar as dicussões sobre temas de interesse da comunidade de estudantes, profissionais e
pesquisadores, a comissão organizadora está convidando importantes nomes da área.
Saiba mais.
GRUPOS TEMÁTICOS
São três grupos temáticos que tem como objetivo organizar os trabalhos em assuntos e áreas de estudo mais similares entre si.
A subdivisão em temas facilita a alocação dos trabalhos e de autores em grupos mais afins aos seus estudos.
Saiba mais.
OFICINAS E CURSOS
Pela plataforma do evento, os participantes poderão expandir suas formações escolhendo as oficinas e os cursos aplicados que mais interessarem nos dias e horários indicados.
Saiba mais.
PAINÉIS
Essa edição do evento vai contar com painéis compostos por nomes importantes do cenáro nacional. Os painéis constituem importantes fóruns de dicussão e você não pode deixar de participar.
Saiba mais.
A inscrição no ERAGE é completamente gratuita mas você deve reservar sua vaga pela plataforma de gestão de informação do evento
clicando aqui.
Fique atento às datas importantes e não deixe de participar.
A submissão de trabalhos e demais insumos passíveis de avaliação pelo comitê científico
é feita integralmente pela Plataforma SISGEENCO, clicando aqui.
Porém, antes de inscrever é importante você saber que o ERAGE tem três modalidades de submissão.
- PÔSTER : para apresentar nesse formato o autor deve enviar um resumo simples. Para facilitar a confecção de trabalhos nessa modalidade a comissão organizadora preparou um arquivo TEMPLATE que pode ser baixado aqui.
- RESUMO EXPANDIDO : Essa modalidade de apresentação é destinada para autores que queiram apresentar trabalhos em estágio mais avançado de produção. Também, para facilitar a confecção de trabalhos nessa modalidade a comissão organizadora preparou um arquivo TEMPLATE que pode ser baixado aqui.
- SESSÃO ESPECIAL : Destinada somente a docentes de pós-graduação. Na proposta o docente deve relatar informações importantes sobre sua jornada na formação de geógrafos. Também, para facilitar a confecção de trabalhos nessa modalidade a comissão organizadora preparou um arquivo TEMPLATE que pode ser baixado aqui.
Os trabalhos poderão ser propostos por professores (as), pesquisadores (as), estudantes de pós-graduação e de graduação, e serão avaliados pela comissão científica, composta pelos coordenadores de cada GRUPO DE TRABALHO (GT).
A seleção dos trabalhos será feita com base na sua adequação formal, originalidade, relevância e contribuição científica e acadêmica para a ÁREA. Os trabalhos só poderão ser encaminhados por meio do sistema de submissão, clicando aqui.
Somente serão aceitos trabalhos para apresentação oral e que estejam em conformidade com as normas de submissão. Todos os trabalhos aprovados serão integralmente publicados nos anais do evento.
1) Um trabalho por GT.
2) Máximo de 06 coautores por trabalho.
3)Cada autora/or poderá submeter apenas 02 trabalhos como autor principal.
4)Não há limite para resumos como co-autor.
5) Ao menos, 01 dos/as autores/as deverá pagar a taxa de inscrição.
Para facilitar e padronizar a confecção dos artefatos objeto de submissão foram disponibilizados arquivos templates logo abaixo.
Note que para cada trabalhos devem ser enviados dois arquivos por conta de correção cega.:
1 - PÔSTER.
2 - RESUMO EXPANDIDO.
3 - SESSÃO ESPCIAL.
Para mais detalhes, sobre o conteúdo abordado por cada um deles. Clique aqui.
*Todos os trabalhos serão conferidos quanto a estas regras antes de enviá-los para avaliação.
Nessa sessão do site você confere o cronograma das atividades em cada um dos dias do evento.
Estamos trabalhando na elaboração da listas de conferências do evento. Por favor, aguarde a versão final.
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Ana Ivenicki é PhD em Educação pela University of Glasgow . Tem Mestrado em Educação pelo Departamento de Educação da PUC-Rio e Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi Professora Titular e atualmente é Professora Emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro, lotada no Departamento de Fundamentos de Educação/Faculdade de Educação, atuando no Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É Pesquisadora 1A do CNPq. É Editora Associada do periódico Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, editado pela Fundação Cesgranrio. Foi membro do Comitê Assessor de Educação CA-Ed. do CNPq, de 2016 a 2019. Possui inúmeras publicações em periódicos nacionais e internacionais, bem como livros publicados/organizados, e vários trabalhos em anais de eventos. Tem sido Palestrante/Conferencista convidada em diversas instituições. Desenvolve pesquisas em Multiculturalismo e Formação de Professores, tendo especial interesse nas áreas de Currículo, Educação Comparada, Educação de Adultos para a Diversidade e Questões Epistemológicas de Pesquisa e Avaliação.É coordenadora do Grupo de Pesquisa em Estudos Multiculturais (GEM), cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. Foi agraciada com o prêmio CORA CORALINA, pela Associação Nacional de Pós- Graduação e Pesquisa em Educação/ ANPEd e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão/SECADI, conferido na 36a. Reunião Anual da ANPEd /2013, Goiânia, pela contribuição à Educação com Inclusão Social.
Sinopse: A palestra versará sobre a formação docente a partir da perspectiva multicultural. Inicialmente, procederá à discussão dos sentidos do multiculturalismo, sua relevância e abordagens na pesquisa e no ensino. Em seguida, buscará tratar de formas pelas quais disciplinas do currículo de formação de professores poderão incorporar o olhar multicultural em suas formulações. Discutirá como a pesquisa na formação de professores pode auxiliar no preparo de professores pró-ativos na valorização da diversidade cultural e no desafio a preconceitos. Abordará as dimensões da pesquisa multicultural na formação de professores, trazendo exemplos e ilustrações das mesmas. A palestra conclui, mostrando desafios e possibilidades do pensamento multicultural na formação de professores, na contemporaneidade. |
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Henrique Cunha Junior é Doutor pelo Instituto Politécnico de Lorraine - Nancy - França (1983). Mestre em Historia (DEA) Faculdade de Letras de Nancy- França (1981). Pós-doutoramento em Engenharia - Universidade Técnica de Berlin - Bolsista DAAD - do governo Alemão (1985). Livre Docente da Universidade de São Paulo ( Titulo de Pós-doutoramento com tese e concurso publico ) (1993). Professor Titular da Universidade Federal do Ceará. (1994). Professor da Universidade de São Paulo (1984- 1994). Pesquisador Sênior e Chefe de Departamento - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo - IPT (1987- 1995). Professor Titular da Universidade Federal do Ceará (1994- 2020). Professor Visitante da Universidade Federal da Bahia (2020). Leciona as disciplinas de graduação e Pós-graduação de : Historia dos Afrodescendentes; Urbanismo Africano; Bairros negros; Ciência tecnologia e Sociedade; Planejamento Energético. Pesquisa urbanismo Africano; Bairros negros;. Educação da população negra; . Tecnologias Africanas na Formação do Brasil. Orientou 30 teses de doutoramento e 50 mestrados. Trabalha com a teoria da Complexidade Sistêmica e a Transdisciplinaridade. Cursou Especialização em Cidades (2016). Tem Curso Técnico da Acupuntura na Mãos - (2016). Cursou Especialização em Projeto Arquitetônico Contemporâneo: Teoria e Pratica (Universidade Federal do Ceará - 2019 a 2022). Especialização em Paisagismo e Iluminação (UNYLEA- 2023-2024). Orientou 31 Teses de doutoramento nas áreas de Engenharia, Educação . Arquitetura e Urbanismo. Autor de Tear Africano - Contos - Autor de Espaço Publico, Urbanismo e Bairros Negros - Editora Appris- (2020).
Sinopse: A ciência tem avanços significativos quando existem rupturas cientificas, mudanças de paradigmas, transformações estruturais. Mudanças epistemológicas são dentro dos mesmos paradigmas e não alteram muito o curso da ciência. A estrutura das revoluções científicas é alterada para mudança de paradigma científico. Pan-africanismo é um movimento político, intelectual, científico consolidado nos movimentos negros desde 1900 internacionalmente e no Brasil desde 1904. Eu da terceira geração de brasileiros na minha família de origem congolesa e a terceira de intelectuais. No pan-africanismo se processo uma revolução cientifica, uma quebra de paradigma com relação a ciência eurocêntrica. No entanto essas notícias cientificas não chegaram no Brasil com o devido ênfase e nem com o interesse dos grupos hegemônicos eurocêntricos, marxistas ou funcionalista. A palestra trata sobre os atrasos científicos brasileiros com relação aos estudos sobre população negra. |
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Peter da Silva Rosa
Mestre em Educação (UFF). Especialista em Planejamento e Educação Ambiental (UCAM) e também em Cartografia, Geotecnologias e Meio Ambiente no Ensino (UFF). Licenciado em Geografia (FFP/UERJ) e bacharel em Ciência Ambiental (UFF). É pesquisador da Sala Beatriz Nascimento/Grupo de Pesquisa Oralidades (UFF).É membro da Coordenação de Educação para as Relações Étnico-Raciais da Secretaria Municipal de Educação de Itaboraí (SEMED). É integrante da comissão técnica e avaliadora da Olimpíada Brasileira de Cartografia (OBRAC). Atua como professor de Geografia (SEEDUC-RJ). Tem experiência e produções nas seguintes áreas: Educação Antirracista, Educação Ambiental, Educação de Jovens e Adultos e Geografia Agrária.
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Danielle Pereira Cintra é Professora Adjunta do Departamento de Geografia de Campos (GRC) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e atua no Programa de Pós-graduação em Geografia (PPG). Desde 2017, exerce a função de vice coordenadora do curso de Bacharelado em Geografia. Integra o Laboratório de Geotecnologias da UFF Campos (LAGEOT), onde desenvolve projetos de pesquisa, ensino e extensão nas áreas de Geotecnologias, Cartografia Colaborativa, Cartografia Inclusiva e aplicação de geotecnologias no ensino básico e superior. Seus trabalhos destacam-se pelo uso de ferramentas geotecnológicas na análise geoespacial. |
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Paulo Roberto Rodrigues Soares é Professor Titular do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutor em Geografia Humana pela Universidad de Barcelona, Espanha (Bolsista BEX-CAPES, 1999-2002). Graduado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande - FURG (1987). Mestre em Geografia pela Unesp/Rio Claro (1994). Professor permanente do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e colaborador no Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Professor da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) de 1993 à 2006. Estágio pós-doutoral como Professor Visitante no Instituto de Geografia da PUC-Chile (2019). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Urbana, Geografia Econômica e Geografia Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: geografia urbana, metropolização, reestruturação urbana, desenvolvimento urbano e regional, geografia econômica e planejamento urbano e regional. Pesquisador do Núcleo Porto Alegre do Observatório das Metrópoles (INCT/CNPq).
Sinopse: No mês de maio de 2024 a metrópole de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, foi abatida por uma catástrofe sócio-urbana-ambiental sem precedentes. Num evento climático extremo, intensas chuvas caíram sobre o estado, especialmente nas regiões da Serra e do Vale do Taquari. Pela configuração da rede hídrica, as águas precipitadas chegaram até a bacia do Lago Guaíba com a mancha de inundação atingindo 3,8 mil km² e 2,4 milhões de pessoas, afetando duramente Porto Alegre e municípios da região metropolitana, os quais ficaram durante todo o mês com sua superfície debaixo das águas.Podemos afirmar que esta foi a maior catástrofe socioambiental da história oficial da cidade. |
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Eduardo Bulhões é Bacharel em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, 2003), Mestre em Ciências (UFRJ, 2006) e Doutor em Geologia e Geofísica Marinha pela Universidade Federal Fluminense (UFF, 2011), é professor no Departamento de Geografia da UFF Campos desde 2010. Atua como Professor Permanente no Programa de Pós-Graduação em Geografia desde a sua fundação. No cenário acadêmico, Eduardo ministra disciplinas obrigatórias e optativas nos cursos de Bacharelado, Licenciatura e Mestrado em Geografia, a saber: Climatologia, Geomorfologia Costeira, Geografia Marinha, Impactos Ambientais, Fundamentos de Oceanografia Oceanografia e Mapeamento Costeiro. Destaca-se por sua habilidade em integrar teoria e prática, preparando os estudantes para enfrentarem desafios reais no campo da geografia. Como coordenador do grupo de pesquisa "GeoCosteira - Unidade de Estudos Costeiros", dedica-se a temas críticos como Erosão Costeira, Processos Litorâneos, Impactos Ambientais, Mapeamento Costeiro, Dinâmica de Praias, Geologia Marinha e Proteção Costeira. Este grupo é um ponto focal para pesquisas aplicadas que buscam soluções sustentáveis para os problemas costeiros. Reconhecido por suas publicações em periódicos de alto impacto e uma presença ativa em conferências nacionais e internacionais, Eduardo expande significativamente o conhecimento geográfico e ambiental para as zonas costeiras. Suas colaborações internacionais, especialmente com instituições na França e na China, reforçam a interdisciplinaridade e elevam a visibilidade global das pesquisas da UFF. Como um comunicador científico engajado, se esforça para aumentar a conscientização sobre os desafios ambientais contemporâneos. São mais de 300 contribuições em veículos de comunicação nacionais e internacionais, o que permite moldar a compreensão pública e as políticas sobre mudanças climáticas, com um enfoque particular nas áreas costeiras vulneráveis do Brasil. Para mais informações sobre suas pesquisas veja o Currículo Lattes e acesse a página do grupo GeoCosteira, em http://geocosteira.uff.br. |
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Monica Maria Guimaraes Savedra Possui Bacharelado e Licenciatura em Português e Alemão pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1977), Mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1988) e Doutorado em Linguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994). Realizou pesquisa de pós-doutorado na Universität Duisburg-Essen (2004). Atualmente é professora da Universidade Federal Fluminense - UFF, onde desenvolve pesquisas e orienta na área de sociolinguística, com ênfase na área de contato linguístico, com especial atenção para línguas de imigração, no âmbito da temática de bilinguismo/bilingualidade, plurilingusmo/plurilingualidade e línguas pluricêntricas. oordenou o PPG de Estudos de Linguagem da UFF de 2014 a 2018. Foi professora adjunta da Uerj (1978-2003) e da PUC-Rio (1990-2009). Atuou em ambas universidades na área de ensino de alemão como língua estrangeira -DaF, orientando vários trabalhos em nível de graduação e pós-graduação. Foi coordenadora do GT de Sociolinguística da ANPOLL de 2006 a 2010. Coordenou um projeto PROBRAL com a Universität Duisburg-Essen no biênio 2006-2007 e um PROBRAL II de cotutela doutoral em parceria com a Europa Universität Viadrina (2015-2018). Desde 2013 coordena o Laboratório de Pesquisa em Contato Linguístico da UFF (LABPEC- UFF) e coordena dede 2018 o projeto CAPES -Print-UFF "Multilinguismo, Direitos linguísticos e Desigualdade Social" e participa da Cátedra Unesco para o Multilinguismo. Também é Cientista do nosso estado (CNE) pela Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro-FAPERJ e bolsista de produtividade do CNPq. Desde 2023 é Pró-Reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação da Universidade Federal Fluminense. |
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Ricardo Henriques Leal Graduado em Engenharia Metalúrgica pelo Instituto Militar de Engenharia, Rio de Janeiro, Brasil (1977), Mestre (MSc) em Ciência dos Materiais pelo mesmo Instituto Militar de Engenharia (1979) e Doutor (Ph.D.) em Engenharia Metalúrgica pelo "Massachusetts Institute of Technology" (MIT), Cambridge, EUA (1984). Atuou por 30 anos, de 1984 a 2014 no Setor Siderúrgico, tendo trabalhado em três importantes empresas nacionais e mundiais do setor (CSN, ArcelorMittal e Votorantim Siderurgia), ocupando diversos cargos de relevo, destacando-se Pesquisador (CSN), Gerente Geral de PD de um dos principais centros industriais de inovação do pais (CSN), Superintendente de Tecnologia (CSN), Diretor de Desempenho Operacional ("Performance Management") na ArcelorMittal em Luxemburgo e Gerente Geral de Gestão e Novos Negócios (Votorantim Siderurgia). Atualmente é Diretor da Agência de Inovação (AGIR) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Professor Associado em Dedicação Exclusiva (40 horas) do Departamento de Engenharia Metalúrgica e Materiais da Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda (EEIMVR) da Universidade Federal Fluminense (UFF), onde leciona desde 1986. Na sua carreira publicou e/ou apresentou 57 trabalhos, com 40 citações em 2 trabalhos internacionais, orientou 44 alunos de graduação, iniciação científica e mestrado, participou em 40 bancas de Graduação, Mestrado e Doutorado e 6 bancas de concurso para Professores na UFF, além de participar em 89 eventos nas áreas de Siderurgia, Metalurgia, Gestão e Inovação. Coordenou a implantação do Mestrado em Metalurgia na UFF entre 1992 e 1994. Foi membro de Comitê de Assessoramento do PADCT/MCT e também foi revisor de Projetos e Avaliador de Instituições de Pós-Graduação pelo MCT e Capes. Foi ainda Diretor e Conselheiro da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) em diversos períodos ao longo da carreira, sendo atualmente Conselheiro dessa Associação e do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Niterói (COMCITEC ) e revisor da revista JMRT - Journal of Materials Research and Technology. |
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Edimilson Antônio Mota É professor Associado II do Departamento de Geografia da UFF campus Campos dos Goytacazes, e atua no curso de Licenciatura em Geografia. Está coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geografia da mesma instituição. Orienta sobre os temas: Ensino de Geografia Antirracista, Paisagem e Patrimônio Antirracista. Coordena a Ludoteca Camilo José Gomes e orienta o processo criativo de de produto de estética pedagógica antirracista. Está coordenador da disciplina Currículo, do curso em EaD de Pedagogia do CEDERJ. É Doutor em Educação pela UFRJ. É Mestre em Políticas Sociais pela UENF. É licenciado em Geografia pela Faculdade Simonsen. É Licenciado em História pela UEMG. É Bacharel em Artes Visuais pela UNINTER. Tem formação do Magistério para a Educação Infantil e Fundamental das séries iniciais. Tem Curso Livre em Teologia pela ETAD. É o criador no campus universitário da UFF Campos dos Goytacazes, do quintal de manejo de plantas medicinais afro-brasileiras, "Quilombinho do Camilinho", que tem como finalidade fomentar atividades de extensão com escolas quilombolas e comunidades circundantes. Nas horas não vagas é artista visual. |
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Luciano Ximenes Aragão – FE/Caxias Possui graduação em Geografia - Licenciatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1997), graduação em Geografia - Bacharelado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1999), mestrado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (2004) e doutorado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (2011). Atualmente é pesquisador associado do NIEM ? RJ - Núcleo Interdisciplinar de Estudos Migratórios e Professor Adjunto do Departamento de Geografia da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Desenvolve pesquisas sobre teoria, método, didática e prática de ensino de Geografia, migrações internas, com ênfase nos deslocamentos pendulares e teoria e métodos da Geografia. |
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Custódio Jovêncio Barbosa Filho – UEMG/Carangola Licenciado em História pela Universidade Federal do Espírito Santo (2007), Especialista em Democracia, República e Movimentos Sociais, pelo Programa de Formação de Conselheiros Nacionais, ofertado e certificado pela Universidade Federal de Minas Gerais - FAFICH/UFMG, Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo - PPGE/UFES e Doutor em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais - FAE/UFMG. Na pesquisa de mestrado se deteve em discutir a oferta da Educação Profissional do Campo no espaço/lugar de fronteira entre o campo e a cidade para os sujeitos da EJA, como mestrando do grupo de Pesquisa PROEJA/CAPES/SETEC-ES. No doutorado centrou suas análises nos limites e possibilidades sobre os processos de consciência de classe, de sujeito em formação, no/pelo/ trabalho associado. Desde 2011 vem atuando na docência do ensino superior, em disciplinas que dialogam com a EJA, Ensino de História, Educação do Campo, Trabalho e Educação, Políticas o Organização da Educação Básica e Fundamentos Históricos-Filosóficos da Educação e Estágios. Coordenou de 2014-2017 o Grupo de Estudos: Trabalho Educação e Educação de Jovens e Adultos - GETREJA e de 2014 a 2017 coordenou o Curso de Pedagogia, Licenciatura presencial e EaD da Escola Superior Aberta do Brasil - ESAB. Atualmente é docente da Universidade do Estado de Minas Gerais e compõe os grupos de pesquisas vinculados ao CNPq "Grupo de Estudos e Pesquisas Educação, História e Movimentos Sociais, do(a) Universidade do Estado de Minas Gerais e "Grupo de Pesquisa em Educação e Humanidades" da Universidade do Estado de Minas Gerais-UEMG. Coordenou nos anos de 2018 e 2019 via Programa Institucional de Apoio a Pesquisa (PAPq) o projeto de pesquisa intitulado "Educação do Campo e Agroecologia: interfaces entre o saber científico e o saber popular. No ano de 2021 coordenou também via PAPq a pesquisa "Diagnostico dos impactos socioculturais sobre o fechamento das escolas do/no campo no município de Carangola na Zona da Mata Mineira". No ano de 2022 coordenou a pesquisa via Programa Bolsa Produtividade em Pesquisa da UEMG a pesquisa com o título "Políticas de oferta de Educação de Jovens e Adultos nos espaços do campesinato no município de Carangola-MG". |
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Rosanea Ovídio Louvisi Martins – ISEPAM Possui BACHAREL EM MUSICA SACRA - Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (1997); LICENCIATURA EM PEDAGOGIA (Administração na escola e na empresa; magistério da educação infantil e séries iniciais) pela Universidade Estácio de Sá (2004). Especialização em Educação Infantil pela PUC RIO em 2007, Especialização em Educação Especial pelo CEDERJ - UNIRIO em 2010 e Especialização em Neuropsicopedagogia em 2022. Mestrado em Educação - Formação de professores pela Universid Europea Del Atlantico ( em fase de reconhecimento pela UNIRIO - plataforma Carolina Bori -processo 00693.2.68621/06-2024). Atualmente é concursada como orientador pedagógico - SECRETARIA MUNICIPALDE EDUCAÇÃO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES e concursada como Professora do Curso de Licenciatura de Pedagogia do Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert - ISEPAM em Campos dos Goytacazes. Tem experiência profissional como gestora na área de Educação infantil e educação profissional técnica de nível médio; Experiência como consultora educacional na montagem de cursos; projetos, programas e processos na área de educação básica. Atuação como Diretora Geral do Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert - ISEPAM desde 01/07/2022. |
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Ana Maria Almeida da Costa - Diretora ESR Professora Associada da Universidade Federal Fluminense. Com Graduação em Serviço Social pela Universidade Federal Fluminense (1987), Mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2004) e Doutorado em Serviço Social pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (2018). Tem experiência na área de Serviço Social e Educação, com ênfase em Políticas Públicas e Movimentos Sociais. Atuando principalmente nos seguintes temas: GPD-Grandes projetos de desenvolvimento, Questão Agrária, Expropriação, Campesinato, Experiências coletivas, Estado e Violação de Direitos. |
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Diego Carlos Pereira Geografias escolares em movimento: corpo, espaço e formação docente Esta exposição parte das leituras de bell hooks, especificamente do livro Ensinando a Transgredir(2017), e da proposta de Por uma Geografia em Movimento, de Bartholl (2018), na contraposição às propostas curricularizantes hegemônicas das atuais políticas educacionais e de formação docente em disputa no território escolar e universitário. Pretende-se discutir a relação entre eles para propor geografias escolares que se movimentam para transgredir o ensino e emancipar os sujeitos em seu processo e, por meio da captura e da bricolagem bibliográfica com as ideias das respectivas autorias, numa perspectiva pós-crítica, tecer interpretações para geografias escolares potentes dos sujeitos interpelados na comunidade escolar. Primeiramente, abordamos, em Michel Foucault (1997), a ideia de “biopolítica” e a escola enquanto um “operador de adestramentos”; posteriormente, resgatamos em bell hooks a comunidade pedagógica e o ensino como um ato que requer coletividade e reconhecimento dos corpos materializados nos diferentes espaços; por último, propomos geografias comprometidas com a emancipação dos sujeitos, geografias estas que são tecidas pelos saberes coletivos em aula. Propomos, portanto, geografias escolares em movimento que reconheçam as presenças, corpos, vozes e vivências da sala de aula em que, a partir de uma pedagogia engajada, se criem coletivamente saberes geográficos no/pelo espaço escolar e universitário autônomos. |
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O corpo e a estética negra como possibilidades para o ensino de uma geografia antirracistaFernando Mendes de Souza:O corpo negro fora representado ao longo do nosso tempo histórico a partir de estereótipos e tematizações que corroboraram com o discurso dominação operacionalizado no processo de constituição da supremacia branca. Para justificar o processo de subalternização dos povos não brancos, os europeus construíram uma noção de diferença racial inscrita na cor de pele dos diferentes grupos em relação aos mesmos, sendo que nesse constructo ideológico a branquitude figurava como o padrão desejável de humanidade e os outros grupos eram considerados inferiores e por isso eram passíveis de serem dominados através da subjugação dos seus corpos. Foram esses os princípios utilizados pela igreja e pela aristocracia europeia para justificar os processos de colonização e o sequestro e escravização dos povos africanos.Tais estigmas associados aos corpos negros perduraram no decorrer do processo de construção das sociedades modernas, inclusive a brasileira, sendo impulsionados através de supostas teses científicas, que no período pós escravidão utilizavam das diferenças físicas como pretexto para defender a inferioridade racial de negros e indígenas e o embranquecimento e eliminação dos negros como o caminho para a prosperidade da nação. Mesmo que essas teses racistas tenham se provado erradas foram amplamente reproduzidas pela sociedade e estão no cerne das representações racistas utilizadas para justificar as desigualdades raciais no Brasil, desumanizando e fetichizando os corpos negros. Uma das representações mais comuns é dos negros como preguiçosos e incapazes de aprender, que foram difundidas como verdade inequívoca por muito tempo, inclusive nas instituições educacionais. Apesar de todas as tentativas de escrutínio dos corpos negros a partir de diferentes formas de violência e silenciamento, a população negra conseguiu resistir aos processos de dominação reabilitando a corporeidade e a estética como estratégias de afirmação positiva de suas identidades e manutenção de suas tradições. Tendo em vista todas as dimensões imbricadas nesse processo a presente proposta de atividade nos convida a refletir sobre a corporeidade e a estética negra para além dos marcadores da diferença e sim em toda sua diversidade e potencialidade para a construção de saberes geográficos emancipatórios e antirracistas. É a partir dessas questões todas que essa atividade proposta convida para olharmos os corpos negros para além desses marcadores. |
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O Corpo na Geografia AntirracistaPaula Regina de Oliveira Cordeiro - UFF Angra dos ReisA Geografia, enquanto ciência que analisa as relações espaciais e territoriais, tem sido historicamente influenciada por uma perspectiva eurocêntrica que naturaliza o domínio sobre corpos e territórios. No entanto, a abordagem que valoriza a agência negro-africana na geografia busca questionar essa matriz epistemológica, enfatizando a centralidade do corpo negro na construção e disputa dos espaços. O território, longe de ser um conceito neutro, é atravessado por dinâmicas de poder, pertencimento e resistência, e o corpo se inscreve nessa geografia como um elemento fundamental de luta e afirmação identitária. O território não se restringe a limites administrativos ou às ordens estatais, mas é também um espaço moldado pela cosmopercepção de diferentes povos. Para a população negra, territórios como quilombos, terreiros, favelas e espaços urbanos e rurais não são apenas lugares físicos, mas sim expressões vivas de memória e resistência. Assim, o corpo negro, em sua mobilidade e presença, ressignifica e desafia a geografia hegemônica, afirmando modos de existir que rompem com a lógica colonial e racista. A territorialidade negra manifesta-se de diversas formas, desde a ocupação de espaços até práticas culturais que reconstroem significados para esses lugares. Essas práticas espaciais tensionam as concepções tradicionais de propriedade e espaço, apontando para uma geografia que considera a relação simbólica, histórica e política entre corpo e território. O corpo negro carrega marcas da diáspora africana e da violência colonial, mas também inscreve histórias de luta e reinvenção. A capoeira, por exemplo, constitui um território simbólico e político onde a musicalidade, a ginga e o jogo dialogam com narrativas de resistência. Além da capoeira, outras manifestações culturais, como o hip hop, o jongo, o samba, o teatro, a dança, entre outros, transformam muros e ruas em palcos de resistência e denúncia, desafiando a exclusão e reafirmando identidades coletivas. Assim, a cultura negra reconfigura a paisagem, subvertendo a lógica da segregação e inscrevendo novas territorialidades. A formação socioespacial brasileira, historicamente, reforçou desigualdades raciais, promovendo remoções forçadas e processos de gentrificação que expulsam populações negras de seus locais de moradia e sociabilidade. Além disso, a relação dos povos negros com o meio ambiente reflete formas de territorialidade que se opõem à lógica capitalista da expropriação. O modo de vida das comunidades quilombolas, baseado na coletividade e na sustentabilidade, é constantemente ameaçado por megaprojetos e empreendimentos que tentam transformar a terra e as riquezas naturais em mercadorias. Entretanto, mesmo diante dessas adversidades, a resistência negra se reinventa. A geografia negra exige uma percepção desde dentro, ou seja, uma perspectiva que considere os sujeitos negros como protagonistas na construção dos territórios e das espacialidades. O corpo, nesse sentido, não é apenas um receptor das violências do racismo, mas também um agente ativo na ressignificação dos espaços. Ao reconhecer o corpo negro como território de luta e memória, a geografia amplia suas possibilidades analíticas, rompendo com paradigmas excludentes e apontando para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. |
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Gabriel Romagnose Fortunato de Freitas Monteiro – UFF/Angra Professor de Geografia Humana da Universidade Federal Fluminense, Instituto de Educação de Angra dos Reis (IEAR/UFF). Doutor em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense (POSGEO/UFF), na linha de pesquisa de Ordenamento Territorial Urbano-Regional e no eixo de Território, Política e Movimentos Sociais (2024). Mestre em Geografia pelo mesmo programa (2017). Graduado no curso de Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Faculdade de Formação de Professores, na categoria de licenciatura plena (2014). Foi coordenador do Núcleo de Estudos Africanos e Afro-brasileiros (NEAB) da UEMG-Carangola. Membro pesquisador do Núcleo de Estudos sobre Território, Ações Coletivas e Justiça (NETAJ/UFF). Membro pesquisador do Núcleo de Estudos em Territorialidades Negras e Ensino de Geografia (NETEN - UERJ/FFP). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana, atuando nas linhas de Formação Territorial do Brasil, Teoria Regional e Regionalização, Movimentos Sociais e Geografia; Territorialidades Negras e Quilombos, Movimento Negro, Povos e Comunidades Tradicionais, Ações afirmativas na educação e no ensino superior; Educação Popular; Ensino de Geografia; Racismo e Antirracismo; Educação e Relações Étnico-raciais. Foi presidente da Comissão de Heteroidentificação local da UEMG-Carangola. Foi vice-presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR) da Prefeitura de Carangola. Atuou como 2 Secretário do COMPIR na gestão 2022-2024. Associado à Associação de Geógrafos/as Brasileiros (AGB) - Seção Local Niterói e da Associação Brasileira de Pesquisadores/as negros/as (ABPN). |
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A EDUCAÇÃO COMO CAMPO DE LUTA DOS POVOS INDÍGENASAvelar Araujo Santos Junior:Esta apresentação versará sobre os resultados analíticos do estudo sobre as condições estruturais, políticas e pedagógicas de um conjunto de quatro escolas indígenas presentes em distintos contextos territoriais do estado de Alagoas. Realizada entre 2022 e 2024, em linhas gerais, trata-se de uma pesquisa composta por graduandos e pós-graduandos da Universidade Federal de Alagoas, particularmente do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente. Desde uma abordagem geográfica, foi realizada uma caracterização das referidas escolas indígenas com especial atenção para a implementação das políticas públicas educacionais. Na sistematização da pesquisa fizemos o uso de procedimentos exploratórios baseados, principalmente, em levantamentos bibliográficos e documentais (primários e secundários), pesquisas de dados demográficos, socioeconômicos e históricos, entrevistas semiestruturadas, aplicação de questionário e observações participativas que ressaltaram indicadores da realidade capazes de elucidar a dinâmica dos fenômenos pertinentes às educação escolar indígena em face de conflitos territoriais históricos. Portanto, avaliamos que é necessário perceber como as políticas públicas educacionais direcionadas aos povos indígenas de Alagoas são incorporadas nos modelos de desenvolvimento territorial do estado. Essas considerações sobre as políticas públicas nos servem para termos um entendimento das especificidades da educação escolar indígena enquanto vetores estratégicos para os processos de luta das suas comunidades, na medida em que a Escola se configura como um espaço de fortalecimento das identidades, como também, de constituição dos projetos de sociedade protagonizados por cada povo. |
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Entre a Lei e a Prática: A Invisibilidade Afro-Indígena nos Livros Didáticos de GeografiaRafaela Pacheco Dalbem:A denúncia recai sobre a discrepância entre a legislação educacional – especialmente o artigo 26A da LDB – e a realidade dos livros didáticos de Geografia. Apesar da obrigatoriedade de incluir a história e a cultura afro-brasileira e indígena, essas matrizes seguem invisibilizadas ou tratadas de forma superficial nas obras aprovadas e distribuídas pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Com base na experiência em licenciatura e formação de professores, a reflexão propõe caminhos para enfrentar esses desafios e construir uma educação geográfica comprometida com a diversidade e a justiça social. |
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O canto dos indígenas na educaçãoArlete Pinheiro SchubertPossui formaçao em Historia, com mestrado e doutorado em Educaçao-PPGE/Ufes. Pesquiso territorialidades e conflitos indigenas como processo educativos e indigenas em contexto urbano. Sou autora do livro "Lutas territoriais Tupinikim: lugares e saberes conhecidos" ( Ed.Appris, 2018) e organizadora dos Livros, "Wayrakuna: polinizando a vida e semeando o bem viver" ( Ed.Universitaria da UEP/Ponta Grossa, 2023), Indígenas em contexto urbano (2025) Sinopse: As histórias e culturas dos povos originários têm um lugar na sociedade e na educação? Ao serem reconhecidos nesse debate quais sao os novos sujeitos que adentram os espaços públicos e institucionalizados junto com ele, em tempos de deterioração dos saberes e do planeta? Há uma conexão entre essas questões e a reinvenção da educação e da vida na Terra? |
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MediadoraVera Lucia VasconselosPossui Graduação em História pela Faculdade de Filosofia de Campos (1991) e Mestrado em Ciência Política (Ciência Política e Sociologia) pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, IUPERJ - UCAM (2003). Tem experiência na área de Educação com ênfase em Relações Étnico-Raciais e de Gênero e História da Educação. Foi Professora do Curso de Pedagogia e Psicologia na Universidade Estácio de Sá (2002 e 2012). Professora na Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes (1999 - 2019). Professora do Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert, ISEPAM/FAETEC ( desde 2005), Coordenadora do Curso Normal Superior - ISEPAM (2006), Coordenadora de Pesquisa e Extensão - ISEPAM (2013-2015) e Coordenadora do Curso de Licenciatura em Pedagogia (2015 - 2017). Coordenadora Adjunta do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (NEABI/Uenf) (2013 - 2021). Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) (2020-2024). |
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O debate de gênero e a interseccionalidade na geografiaPatrícia Helena Milani:A Geografia associada ao conceito da interseccionalidade tem abarcado de modo sistemático as categorias de gênero, raça e classe, para produção da análise do espaço geográfico e de suas estruturas de poder; que são reflexos e condicionantes para a produção e reprodução do espaço. Trabalhar com essas categorias propicia amplificar os discursos de corporalidades e potencialidades para culturas, pessoas, escalas, e localidades que até então não são totalmente contempladas no modelo de geografia que vem sendo feito – cujo enfoque sempre foi maior nas formas e estruturas. O objetivo da mesa é potencializar um debate de uma ciência geográfica a partir das perspectivas de gênero, raça e classe em plena intersecção, além das outras categorias que moldam a nossa relação com o espaço e comoelas se reverberam e têm se comportado, interpelado e produzido possibilidades de refletir e interpretara realidade. |
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O ensino de Geografia no Gabão e em MoçambiqueAna Claudia Ramos Sacramento:Nos últimos anos as discussões a respeito sobre os estudos sobre os sistemas de ensino africano tem chamado atenção para conhecer mais sobre os países, bem como entender como eles ensinam. Com esse intuito fui desenvolver meu pós-doutorado partindo de duas realidades distintas, mas que se assemelham em várias coisas: Gabão (África Central) e Moçambique (África Oriental). Diante dos seis meses vividos entre os dois países e vivenciando as experiências nas escolas gabonesas e moçambicanas, busquei analisar o ensino de Geografia, seus currículos e as práticas dos professores. A Geografia é uma disciplina obrigatória nos sistemas educativos nestes países, com objetivos, funções, conteúdos e conteúdos distribuídos nas séries escolares. Então ela tem uma importância no processo de formação dos estudantes. Desta maneira, o objetivo desta palestra é analisar de maneira breve o ensino de Geografia no Gabão e em Moçambique e além disso: a) compreender o contexto espacial destes países; b) identificar o sistema educativos destes países e c) analisar a Geografia ensinada nestes países. |
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A aplicabilidade da lei 10.639/03 no semiárido cearense: da teoria à prática docenteArnóbio Rodrigues de Sousa Júnior:A temática “as questões raciais e o ensino da geografia escolar no semiárido cearense: da teoria à prática docente”, propõe uma discussão sobre a aplicabilidade da lei n° 10.639/03 no ensino da geografia escolar a partir da realidade da escola pública estadual no semiárido cearense, do convívio docente entre os pares e das vivências e experiências docente na rede de ensino. Nesse sentido, serão discutidos os avanços, permanências e retrocessos em relação a aplicabilidade da lei n° 10.639/03 e implementação de ações e práticas pedagógicas que visem combater o racismo, além de como os educadores lidam com as questões étnico-raciais em suas práticas pedagógicas. A apresentação também se dedica a discutir em breves notas como o estado do Ceará no âmbito da Secretaria da Educação do Estado (SEDUC-CE) tem fomentado a discussão sobre a diversidade étnico-racial nas escolas e instituições educacionais. Portanto, o objetivo é oferecer aos leitores, estudantes, comunidade e espectadores uma compreensão crítica e reflexiva a respeito da lei n° 10.639/03 no ensino da geografia escolar no estado do Ceará e ensejar a reflexão no que diz respeito as ações da Secretaria da Educação na tentativa de fortalecer a luta antirracista e promover a equidade racial. |
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MediadoraDanielle Faria PeixotoProfessora de Geografia Humana da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Unidade Carangola. Aluna do curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense (PPGEO/UFF), na linha de pesquisa de Ordenamento Territorial Urbano-Regional. Mestra e Bacharela em Geografia pelo Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atua na área de geografia da população, estudos de gênero e geografia feminista. |
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GEOGRAFIA FÍSICA NEGRA: perspectivas e contribuições à produção, manejo e conservação da biodiversidadeRita de Cássia Martins Montezuma:A discussão versará sobre a importância do campo de conhecimento das Geografias Negras aplicada às disciplinas da Geografia Física. Minha abordagem terá como fio condutor a trajetória de pesquisa que percorri ressignificando conceitos, métodos e metodologias envolvendo principalmente a Geomorfologia, Ecologia e Biogeografia na análise das interações espaciais entre não-humanos e humanos, onde pesa a diferenciação étnico racial na transformação e manejo da sociobiodiversidade nas suas múltiplas escalas de organização – do gen à paisagem e biomas. A intersecção entre colonialismo, escravidão, gênero, etnias será tratada para traçar o panorama em que se desenvolve as várias vertentes do racismo, sobretudo científico que produz as bases das construções políticas e de planejamento territorial que produzem e reiteram desigualdades. Como objetivo discutirei como a Geografia Física Crítica pode ser acionada no apoio ao direito à terra, destacando a cosmopercepçãoafrocentrada como estruturante no desenvolvimento de práticas e políticas autônomas forjadas em resposta à exclusão e negação históricas dos sujeitos negros em diáspora. |
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Geografias e Geo-grafias Negras e seus elementos metodológicosGeny Ferreira GuimarãesAbordarei os avanços do campo nos últimos 10 anos no Brasil com ênfase na notável presença e influência dos estudos das mulheres negras nas concepções teórico-conceituais. Além disso, as conexões com as tecnologias de conhecimentos ancestrais, na produção dos elementos metodológicos de pesquisa do método desde dentro. |
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Geografias Negras em ParalaxeDiogo Marçal CirqueiraO objetivo desta fala é promover um debate sobre o sentido conceitual e prático da ideia de Geografias Negras entre ativistas e pesquisadoras, com foco em explorar outros campos e lugares do conhecimento além da Geografia e do Brasil ao mobilizar o sentido de “ Amefricanidade”. O termo "paralaxe", originário da física, refere-se ao fenômeno em que um mesmo objeto é percebido de forma diferente dependendo do ponto de vista do observador ou da observadora. A partir dessa ideia, minha proposta é colocar as Geografias Negras em paralaxe, destacando as múltiplas formas de pensá-las e mobilizá-las, além de evidenciar canais de troca, diálogo e cooperação inter, trans e multi espaciais e disciplinares de agenciamento. |
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MediadoraLuane Bento dos SantosProfessora Adjunta do Departamento Regional de Ciências Sociais de Campos dos Goytacazes da Universidade Federal Fluminense (UFF). Doutora em Ciências Sociais pela PUC-Rio, mestra em Relações Étnico-raciais pelo CEFET-RJ, bacharel e Licenciada em Ciências Sociais pela UERJ e bacharel em Biblioteconomia e Documentação pela UFF. Especialista em Ensino de Sociologia pela Faveni. Possui aperfeiçoamento em Educação em Direitos Humanos: educar-se para a diversidade pela Universidade Federal de Uberlândia. Desenvolve pesquisas no campo da Antropologia Social e Ensino de Sociologia debatendo a temática étnico-racial. Em alguns momentos escreve poesias e em outros ensaios de roteiros de filmes. |
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Racismo, silêncio escolar e banalização do malAdriana do Carmo Correa Gonçalves:O racismo estrutura a formação do povo brasileiro e reverbera nas relações institucionais, culturais e afetivas, atravessando processos de subjetividade de negras e negros, por isso, enfrentar racismo no Brasil, é: sobrevivência, condição de vida, luta e esperançar. Esperançar no sentido freiriano do termo. Essa reflexão/explanação tem como proposta ética, estética e política, analisar em que medida o descumprimento da Lei nº 10.639/2003, por professoras e professores da educação básica, corrobora para banalidade do mal. Identifica-se em alguns estudos, que a escola é a instituição, na qual muitas crianças sentiram e conheceram o racismo, como aponta Cavalleiro (2000), apesar disso, é nela que adultos responsáveis pela educação formal e pelo cumprimento dos princípios éticos da cidadania, se silenciam diante do racismo. O aparente desconhecimento docente e a carência formativa acerca da educação étnico-racial são traduzidos em práticas pedagógicas que intencionalmente ou não, compactuam com o racismo, por isso, levanta-se uma questão: o não enfrentamento ao racismo no cotidiano escolar corrobora para banalização do mal (ARENDT, 1999)? A partir da pesquisa bibliográfica, analisa-se narrativas docentes sobre o não cumprimento da Lei nº 10.639/2003 e os possíveis impactos com relação ao enfrentamento do racismo na escola. |
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REVELANDO EPISTEMICÍDIOS, DESVELANDO O RACISMO NAS PRÁTICAS EDUCATIVASJorge Luís Rodrigues dos Santos:A escola brasileira atende hoje a maioria da população, nos seus diferentes níveis e modalidades. A oferta educacional – pública e privada – tem recebido grandes demandas, necessitando estar adequadamente preparada para oferecer uma educação de qualidade e desenvolver práticas que contemplem as diferenças e diversidades existentes na sociedade, por meio de seus conteúdos curriculares. A escola deve preparar para “a vida em sociedade e para o mundo do trabalho”, conforme previsto na LDB, e também deve formar cidadãos(ãs), discutindo temas que são relevantes na sociedade atual. Refletir sobre a educação (a escola), por meio da inclusão das temáticas da diversidade e diferença (raça, gênero, direitos humanos e inclusão) nos currículos, é a proposta deste texto, que analisando referenciais teóricos e bibliografia, refletirá sobre a necessidade e urgência de promover uma educação plural e inclusiva na realidade educacional brasileira. |
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A literatura infanto-juvenil como agente facilitador do processo da identidade e inclusão étnico - racial em turmas de educação básicaLuciana PessanhaAspira-se a melhor forma de utilização da literatura infanto-juvenil como um instrumento significativo, corroborando com as práticas pedagógicas na Educação Básica, auxiliando o professor e estimulando o diálogo no reconhecimento e valorização da identidade étnico-racial do docente, além de buscar o entendimento de como o mesmo percebe ou não a presença do negro e dos povos originários nas narrativas dos livros literários, e principalmente, como esses grupos são abordados em nossas narrativas. A temática tenciona estigar a reflexão sobre a pertinência da utilização dessa ferramenta como instrumento de ruptura dos paradigmas socioculturais enraizadas em nossa sociedade, evidenciando a necessidade da valorização e o protagonismo negro e dos povos originários em um comparativo com os livros que são utilizados, corroborando com a apresentação de algumas sugestões de narrativas que tratem sobre a temática, agregando contudo, a relevância da representatividade étnico-racial nos livros literários. |
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A relevância da literatura como intervençãona luta antirracista: a história vivida e contada “Os cabelos de Lindu.”Geni de Oliveira Lima:A proposta deste encontro traz para discussão a importância dos valores afrocêntricos para o desenvolvimento das infâncias e da luta antirracista.O racismo se manifesta também na ausência de representações, desde a mais tenra idade. O intelectual e renomado geógrafo brasileiro, Milton Santos (2000) postula: “Ser negro no Brasil é, pois, com frequência, ser objeto de um olhar enviesado. A chamada boa sociedade parece considerar que há um lugar predeterminado, lá embaixo, para os negros e assim tranquilamente se comporta.” E quando as crianças negras têm os seus corpos afetados pelo racismo? O que dizem? Como se sentem? Será apresentada a construção de práticas antirracistas em diálogo com a literatura, as artes e das histórias de vidas atravessadas pelo preconceito racial, como importante intervenção pedagógica.O livro “Os cabelos de Lindu,” evoca uma escuta sensível e a percepção de que a cosmovisão africana, reflete uma dimensão de educação voltada para a constituição da pessoa. Neste sentido, uma pessoa só é uma pessoa, através de outras pessoas, como propagado pela filosofia Ubuntu. |
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MediadoraMárcia Aparecida de Souza:Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestra em Ensino pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino - PPGEn da Universidade Federal Fluminense; Pesquisadora/ integrante do NEPECGIM - Núcleo de Ensino e Pesquisa sobre Espaço e Currículo de Geografia e Imagem e Multiculturalismo; Integrante do Projeto de Pesquisa Núcleo de Estudos e Pesquisas Saberes, Conflitos e Territórios da Universidade Federal Fluminense. Especialista em Planejamento, Implementação e Gestão da EAD, pela Universidade Federal Fluminense. E em Educação Infantil pela Universidade Castelo Branco. Graduada em Letras pela Universidade do Estado de Minas Gerais e graduada em Pedagogia pela Universidade Metropolitana de Santos - UNIMES; Associada à Associação Brasileira de Pesquisadoras (e) Negras (os)/ABPN; Professora da Rede Estadual de Educação do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Português, Inglês e Ensino Religioso. Também atua como pesquisadora na área de População negra e inserções urbanas. Avaliadora do periódico Texto Livre: Linguagem e Tecnolog |
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Entre Tambores e Palmas: Conhecendo a Umbanda entre Santos, Guias e OrixásBabalorixá Jhones da Silva Lima:Esta palestra propõe uma imersão nos conhecimentos da Umbanda, explorando suas raízes, rituais e entidades espirituais. Entre tambores que ecoam a força ancestral e palmas que marcam o ritmo da conexão com o sagrado, serão abordadas as influências do catolicismo, espiritismo e tradições africanas na formação desta religião brasileira. O objetivo é desmistificar conceitos, esclarecer o papel de santos, guias e orixás na prática umbandista e promover o respeito à diversidade religiosa. A palestra convida os participantes a compreenderem a Umbanda como um espaço de acolhimento, fé e espiritualidade, valorizando seu significado na cultura e identidade nacional. |
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Os desafios de uma pessoa preta com deficiência visual dentro da pós-graduaçãoLívia Siqueira Silva:As ações afirmativas nos cursos de pós-graduação são de suma importância para o desenvolvimento de grupos que, muitas vezes, não conseguiam alcançar esse nível acadêmico. Isso ocorre porque a falta de oportunidades e de espaço prejudicava o seu desenvolvimento acadêmico. Este trabalho é um relato de experiência de uma aluna do programa de pós-graduação em Geografia da UFF - Campus, que ingressou por meio de ação afirmativa para pessoas com deficiência. No entanto, a autora também é uma mulher negra. Neste trabalho, ela visa relatar como foi sua experiência ao participar deste curso e as dificuldades encontradas durante sua trajetória na pós-graduação. |
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Intolerância religiosa contra religiões afro-brasileirasAnderson Luiz Barreto da SilvaA intolerância contra religiosidades de matriz africana não é um fenômeno recente, nem uma exclusividade do Brasil. Sua origem vem do racismo inventado pelos Estados modernos europeus, e utilizado como justificativa para a escravização de povos africanos, que sofreram inúmeras violências, inclusive a perseguição de suas manifestações culturais e a demonização de suas várias expressões de fé. Desde o início da colonização dos territórios que viriam a ser o Brasil, a perseguição às religiosidades dos povos escravizados advindos de África se manteve como uma constante. Variando os agentes e as formas ao longo do tempo, porém sem nunca deixar de existir. O Estado, a igreja católica, as forças de repressão institucionalizadas, segmentos de algumas igrejas evangélicas, veículos de comunicação de massa e, por último, grupos ligados ao crime organizado podem ser apontados como exemplos desses agentes persecutórios em diferentes contextos históricos e em diferentes escalas. Nossa proposta é apresentar, como numa linha do tempo, como esses agentes operavam diferentes formas de opressão em distintos contextos históricos, tanto numa escala nacional, quanto na escala local do município de Campos dos Goytacazes. |
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MediadorIves da Silva Duque PereiraProfessor associado a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC/RJ) e ao Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert - ISEPAM/Fundação de Apoio à Escola Técnica (FAETEC). Designer Gráfico. Historiador inscrito no Cadastro de Registro Profissional do Ministério da Economia. Já tendo atuado como professor supervisor do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID (2015-2020), como Professor Preceptor do Programa Residência Pedagógica (2020-2022) e Professor de Ciências Humanas na Educação do Campo no PROJOVEM Campo Saberes da Terra (2014-2015). Doutorando em Cognição e Linguagem (UENF), Mestre em Desenvolvimento Regional, Ambiente e Políticas Públicas (UFF), Especialista (Lato Sensu) em História e Cultura do Brasil Contemporâneo (UFJF), Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Mundo do Trabalho (UFPI), Educação Digital (SENAI), Linguagens e suas Tecnologias (UERJ), Ciências da Natureza, suas Tecnologias e Mundo do Trabalho (UFPI), Educação Ambiental (IFFluminense), Ensino de Artes Visuais (UFMG), Literatura, Memória Cultural e Sociedade (IFFluminense), Ensino de Ciências e Biologia (UFRJ), Educação e Tecnologias Digitais (IFFluminense), Linguagens, suas Tecnologias e Mundo do Trabalho (UFPI), Gestão, Design e Marketing (IFFluminense) e Docência para a Educação Profissional e Tecnológica (IFES). Licenciado em Geografia (IFFluminense). Tecnólogo em Design Gráfico (IFFluminense). Licenciado em Artes Visuais (UNIFLU). Licenciado em História (UNESA). |
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CUR01 | Metodologia qualitativa nos estudos de gênero e interseccionalidadeMinistrante: Patrícia Helena Milani – UFMGS – Três LagoasData: Terça, 27/05 09h00 Vagas: 15 O crescimento da perspectiva de gênero, sexualidade, etnicidade e racialidades no campo científico geográfico foi resultado de a necessidade dessa ciência acompanhar as transformações sociais e econômicas, cujos papéis de gênero e de sexualidades dissidentes e das discriminações e segregações étnicas e raciais passaram a ter centralidade na sociedade contemporânea. A geografia, enquanto uma ciência social vem incorporando esta abordagem na medida em que compreendemos que os variados grupos sociais desenvolvem espacialidades diferenciadas e que a atenção em torno das relações raciais, étnicas, de gênero e sexualidades ampliam a capacidade compreensiva do espaço e das relações de poder inerentes. O objetivo deste minicurso é colocar em debate e discutir formas de apreender as práticas espaciais e vivências dos diferentes sujeitos sociais, suas espacializadas e as múltiplas relações de poder que os/as influenciam cotidianamente, para isso trabalharemos com instrumentos metodológicos de cunho qualitativo que têm como principal enfoque a produção de informações que podem ser analisadas em profundidade, inclusive as subjetividades que permeiam a vida cotidiana e que perpassam as relações entre sujeitos pesquisados e sujeitos pesquisadores. Objetivamos também tensionar diversas práticas tidas como habituais que os pesquisadores reproduzem em campo. |
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CUR02 | Povos indígenas no Brasil e seus territórios de vida: a Geografia como campo de açãoMinistrante: Avelar Araújo Santo Juniro – UFALData: Terça, 27/05 09h00 Vagas: 15 O objetivo deste minicurso é oportunizar o compartilhamento de reflexões sobre as atuais condições socioespaciais vividas pelos povos indígenas do Brasil, levando-se em consideração suas diversidades étnicas, complexidades culturais, organizações políticas e as diferentes situações de conflito que ameaçam seus territórios de vida. Na busca por nexos explicativos que aproximem realidades geograficamente distantes, apesar de historicamente articuladas em níveis de colonialidade, acreditamos que tal espaço de discussão promoverá o alinhamento de pesquisas que por muito tempo foram invisibilizadas, mas que em razão das suas potências transformadoras ganham crescente notoriedade, em consonância às forças mobilizadoras do Movimento Indígena. Um conjunto de fenômenos nos serve de justificação para o desenvolvimento desta atividade. A relevância que a questão indígena vem configurando entre as mais variadas instâncias políticas, meios midiáticos ou linhas de pesquisas acadêmicas, remete-nos enquanto geógrafos e geógrafas, investigadores e investigadoras das problemáticas socioespaciais, a ter uma participação mais efetiva nessas discussões de maneira a contextualizar a categoria de análise território como central para o entendimento das relações em vias de análise. Portanto, a pertinência de se investigar as diferentes realidades da luta pela/na terra vividas pelos povos indígenas do Brasil lança luz sobre problemáticas socioespaciais em pleno processo difuso na medida em que, consecutivamente, tais organizações sociais se deparam com novos conflitos e desafios na busca histórica por um equilíbrio nas suas sobrevivências coletivas. Portanto, percebe-se um crescente interesse dos/das discentes do curso de Geografia, graduandos/as e pós-graduandos/as, sobre os estudos dos territórios indígenas, de modo que a presente proposta também se justifica enquanto um espaço de diálogo para fomentar pesquisas temáticas que, por muito tempo, não receberam a devida atenção ou apoio. Igualmente, entendemos que oportunidades como essa possibilitam processos salutares de estudos integrados entre diferentes docentes, grupos de pesquisa e Universidades, ampliando seus alcances epistemológicos e práticos junto a esses povos. Sendo assim, acreditamos que este momento de diálogo tem o potencial de contribuir na produção acadêmica acerca de diferentes realidades da questão indígena brasileira de maneira a serem cotejadas com outros estudos e, inclusive, com outras matrizes de saberes e conhecimentos. |
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CUR03 | A “ENGRAÇADA” LÍNGUA DE PRETO: RACIALIZAÇÃO DA LINGUAGEM DOS ESCRAVIZADOS NA PROVÍNCIA DO RIO DE JANEIRO (1822/1889)Ministrante: Carlos Eugênio Soares de Lemos – COC/UFF Campos.Data: Terça, 27/05 09h00 Vagas: 15 Ao longo do século XIX, a racialização da linguagem dos escravizados, estereotipada como “língua de preto”, foi uma prática discursiva da classe senhorial e/ou das elites letradas fluminenses para inferiorizar os negros, relegando-os à ordem de uma impossibilidade civilizatória. Baseado numa abordagem historiográfica que concebe o escravizado como agente social, na história sociopolítica dos contatos linguísticos e na Análise dialógica do discurso, esse artigo problematiza a racialização da linguagem como uma prática discursiva da classe senhorial para desumanizar o negro escravizado e fazer valer o plano de unidade linguística que alimentava a ideologia de uma identidade nacional branca. Por fim, concluímos que diferente da previsão das elites letradas, a “língua de preto” enriqueceu a dinâmica das identidades culturais brasileiras. |
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CUR04 | Imperialismo na África independente: o caso do coltan da RDCMinistrante: Rodrigo Castro Rezende – CHT/ UFF CamposData: Terça, 27/05 09h00 Vagas: 15 Desde o período do genocídio implementado pelo rei Leopoldo II da Bélgica, a República Democrática do Congo (RDC) tem sido expropriado de seus recursos naturais e das vidas de seus povos. Ainda durante o período da Guerra Fria, com o país já independente, novamente, a RDC passa por problemas semelhantes aos do Colonialismo. Com a Guerra do Congo e com o governo de Paul Kagame em Ruanda, a RDC se torna novamente alvo de seus recursos naturais, entrando em cena o coltan, cujas propriedades são utilizadas na fabricação de tecnologias de ponta, tais como Iphones, Notebooks e outras. |
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CUR05 | Mito das Três raças e a virada decolonialMinistrante: Márcia Regina da Silva Ramos Carneiro – CHT- UFF CamposData: Terça, 27/05 09h00 Vagas: 15 Estrutura da sociedade colonial: 1530 a 1822. Corte portuguesa no Brasil e a Ciência. Império: Estado-Nação, Eugenia e Branqueamento. República e a construção do povo cidadão: Eugenia: o mito das três raças e a democracia racial; a raça cósmica; a hegemonia política, econômica e social do Pensamento Ocidental: das disputas oligárquicas ao desenvolvimentismo: a questão da dependência. Indigenismos. A virada cultural e o rompimento epistemológico. A Epistemologia Preta e a Pedagogia da Re-existência. A persistência da Dialética da Colonização e o Racismo estrutural resistente. A necropolítica física e cultural dos “subalternos”. |
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CUR06 | Mapeamento de Territórios Quilombolas com o Software QGISMinistrante: Julio Cesar Tuller CampistaData: Terça, 27/05 09h00 Vagas: 15 O mapeamento de localidades quilombolas é uma ferramenta essencial para a garantia dos direitos territoriais e a preservação da identidade cultural dessas comunidades. Neste minicurso, os participantes aprenderão a utilizar o software QGIS para realizar esse mapeamento, desde a obtenção e processamento de dados geoespaciais, do tipo vetorial, até a criação de um mapa temático. Serão utilizadas bases de dados geoespaciais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), incluindo informações do Censo Demográfico de 2022, fundamentais para a identificação e análise dessas localidades. O QGIS é um software livre e de código aberto que faz parte do Sistema de Informação Geográfica (SIG). Ele permite a visualização, edição, análise e publicação de dados geoespaciais, sendo compatível com diversos formatos de arquivos e bancos de dados espaciais. |
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CUR08 | Estratégias para acolhimento à pessoa LGBTQIA+ na universidadeMinistrante: Mariana SilvaData: Terça, 27/05 09h00 Vagas: 15 Estuda Licenciatura em Geografia da Universidade Federal Fluminense, Campos dos Goytacazes. É funcionária pública administrativa da Prefeitura Municipal de São Fidélis, pesquisadora na área de Inclusão e Exclusão de Mulheres Transexuais e Travestis no Brasil, e participante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ecologia Política (GEPEP). É também participante voluntária da Ludoteca Camilo José Gomes. |
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CUR09 | Geo-grafias Negras e o CinemaMinistrante: Bruno de Lima AlvesData: Terça, 27/05 09h00 Vagas: 15 A proposta desta roda de conversa consiste em dialogar e refletir sobre as contribuições da filmografia do cineasta Clementino Júnior e as geo-grafias construídas a partir de seu filme Trem do Soul (2021). A obra resgata e valoriza um importante registro das experiências afrodiaspóricas no subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, destacando a potência cultural e identitária desses territórios. Nosso objetivo é aprofundar as contribuições dos regimes de visibilidade na leitura e representação espacial. Esses regimes, de caráter afrodiaspórico, estão inscritos em múltiplas dimensões da cidade do Rio de Janeiro, manifestando-se tanto na arquitetura quanto nas expressões culturais e, sobretudo, nos corpos dos sujeitos que historicamente produziram e transformaram o tecido urbano carioca. No filme, esses regimes de visibilidade são identificados e analisados como elementos centrais para compreender a dinâmica espacial e cultural da cidade. Para enriquecer esse debate, destaco o subúrbio carioca como lócus privilegiado de enunciação de uma outra política estético-corpórea na cidade. Por que o subúrbio é um elemento fundamental para a compreensão de uma política de ritmos e afetos urbanos distintos? A resposta passa, necessariamente, pelos bailes Blacks, que se configuram como eixo central de nossa análise fílmica e nos permitem identificar o que chamamos de Geografias Negras. Através dessas geografias, foi possível interpretar e compreender a importância do subúrbio como espaço de resistência, criação e afirmação identitária para os bailes Blacks. |
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OFI01 | (Oficina) O futuro é ancestral: possíveis abordagens na educação básicaMinistrante: Rafaela P DalbemData: Terça, 27/05 09h00 Vagas: 15 Descrição Geral: Esta oficina visa mapear para os cursistas os momentos em que as relações étnico-raciais estão no palco das discussões dentro do currículo escolar dos Anos Finais, no componente curricular de Geografia. A partir deste mapeamento o intuito é analisar a escrita e abordagem de recotes de livros didáticos aprovados no último Plano Nacional do Livro Didático para Anos Finais (PNLD - AF) para, então, pensarmos e discurtirmos em abordagens que extrapolem o material didático. Objetivos: Instrumentalizar a comunidade de licenciados/licenciandos em Geografia sobre as questões étnico-raciais no ambiente escolar, uma vez que muitas Instituições de Ensino Superior (IES)ainda não disponibilizam disciplinas dessa natureza. Como objetivo secundário, buscamos a troca de práticas antirracistas que já são feitas em alguma instituição cujo docente esteja presente. |
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OFI02 | Cidade Imaginária AntirracistaMinistrante: Edimilson A Mota-PPG/UFFData: Terça, 27/05 09h00 Vagas: 15 Cidade Imaginária Antirracista é um experimento lúdico estético-pedagógico composto por dez conjuntos de blocos de espuma D33 tamanho 15x15 cm, com 10 cores, e com 4 blocos correspondentes para cada conjunto. Na oficina os blocos são feitos de papel cartão em tamanho 15x15 cm. Na versão em papel torna-se acessível devido ao baixo custo. Cada cor corresponde a um significado, são eles: branco, saúde; verde, educação; azul, cultura; laranja, arte; rosa, lazer; cinza, tecnologia; marrom, meio ambiente; preto, antirracismo, lilás, mobilidade; vermelho, diversidade. O uso da Cidade Imaginária é feito em duas rodadas. Na primeira rodada o participante seleciona 4 palavras entre elas, antirracismo, e , a partir da escolha cria o arranjo da sua cidade sobre um espaço como uma mesa. O participante deve fazer uma distribuição sobre o espaço da mesa seguindo sua estratégia e o grau de importância que julgar antirracista. Na segunda rodada as palavras não escolhidas na primeira rodada devem ser utilizadas no arranjo da cidade. O participante pode rever o primeiro arranjo feito, pode refazer de acordo que julgar importante. Feito a cidade imaginária, o participante, se quiser, deve explicar quais foram suas estratégias para fazer o arranjo da sua cidade. A proposta da oficina será para ensinar como fazer os blocos em papel cartão, e, também ensinar como aplicar a Cidade Imaginária Antirracista em sala de aula para alunos a partir do 6º ano. |
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OFI04 | Corporificando a emersão do racismoMinistrante: Elaine GodinhoData: Terça, 27/05 09h00 Vagas: 15 Elaine Godinho Pesquisa a imigração italiana para o Rio de Janeiro no Estado do Rio de Janeiro. É Licenciada em Letras Literaturas pela UFJF e em Letras Italiano pela UFES. Especializou-se em Educação Tecnológica pelo CEFET-RJ, em Ensino de Leitura e Produção Textual pela UFF, em Arteterapia pelo Centro Universitário Fluminense - UNIFLU FAFIC e em Psicologia Organizacional pela Rede Futura de Ensino. Atua como Professora docente I na Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro desde o ano 2000. Atuou como Professor-Pesquisador de Português Instrumental para os cursos técnicos a distância de Segurança do Trabalho, Guia de Turismo, Análises Clínicas e Multimeios didáticos pelo IFFluminense. É Mestra em Geografia pela UFF, Pesquisadora do NEPECGIM - Núcleo de Ensino e Pesquisa sobre Espaço e Currículo de Geografia e Imagem e Multiculturalismo da UFF Campos. Membra do Laboratório de Experimentação em História Social - LEHS (UFF). Doutoranda em História na UFF Objetivos: Através das técnicas Arteterapia, esta oficina propõe, num primeiro momento, buscar ativar memórias do inconsciente por meio da técnica de colagem de imagens que traduzem momentos que marcaram a vida de vítimas do racismo estrutural. Num segundo momento se realizará a técnica da escrita criativa, visando ao compartilhamento da experiência pessoal a fim de provocar debates e de ideias, ideais e sentimentos, objetivando a abertura de espaço para abordagem das formas de racismo no dia a dia, partilhando propostas de combate desta prática secular. Técnica: A arteterapeuta observará as escolhas das imagens pelos sujeitos, questionando algumas escolhas fundamentais para condução da emersão traumática e instigar a busca do processo, que parte do individual para o grupal, conduzindo o debate. Por fim, o relato de cada participante (não-identificado) irá compor um mural para exposição local. |
Confira abaixo todos os membros da equipe responsável por essa edição do ERAGE.
Coordenação Geral
Edimilson Antônio Mota
Comunicação social
Danielle Faria Peixoto
Maria Carla Barreto Santos Martins
Logística
Gustavo Henrique Naves Givisiez
Infraestrutura
Cláudio Henrique Reis
Assessoria de Imprensa
Elaine Guimarães Godinho
Saulo Barbosa
Mariana Mallet Gomes
Comitê Científico
Vera Lucia Vasconcelos
Ives da Silva Duque Pereira
Gabriel Romagnose Fortunato De Freitas Monteiro
Ricardo Abrate Luigi Junior
Maria Carla Barreto Santos Martins
Gustavo Henrique Naves Givisiez
Luane Bento dos Santos
Cláudio Henrique Reis
Danielle Faria Peixoto
Maria Carla Barreto Santos Martins
Elaine Guimarães Godinho
Micheli Marques Borowsky
Coordenação de Monitoria
Regina Celia Frigério
Monitores (as)
Tayna Viveiros Gomes
kaique pereira campelo
Raquel Oliveira Leite
Kariny da Silva Sousa Chaves
Marlon Barreto Sá
Bruno de Araujo Koga
Joelson de Lima Gonçalves
Heberth Jofre Ribeiro Fernandes
Priscila Moreira da Silva
Priscila da Silva Toledo
Carlos Daniel Teixeira Braga Oliveira
Gracyelli Do Nascimento
Leticia Souza Soares Da Silva
Leonardo Prudêncio Nunes de Medeiros
Jhenifer Oliveira do Rosário
Sunamita Nascimento Rodrigues
Paulo Marcelo Ferreira Carvalho
Renato Francisco Duarte Medeiros
Isabella Santos Helena
Julio Cesar Tuller Campista
Andre Luiz Pereira Talyuli
Ingrid Virginio de Oliveira dos Santos
Rita Felix De Souza Oliveira
Nayara Aquino Ribeiro
Confira abaixo uma lista de opções de hospedagem selecionadas pelo comite organizador.
Hotel Campos Plaza
Valores:
Individual...: R$ 170,00
Duplo...: R$ 190,00
Casal...: R$ 190,00
CONTATO...: 22 99779.5489
Confira abaixo uma lista de opções de restaurantes selecionados pelo comite organizador.
Confira aqui as instituições que suportam a quarta edição do ERAGE.
Para dúvidas gerais ou se você gostaria de falar com a secretaria do evento basta utilizar o formulário de contato logo abaixo. Se você tem alguma dúvida técnica sobre a utilização do SISGEENCO acesse a plataforma e abra um chamado para a equipe de suporte técnico.